Wednesday, May 31, 2006

DIA DE COMBATE AO FUMO

Em 1996 morreu Timothy Leary – escritor e psicossociólogo norte-americano, guru do movimento “hippie”. Nos anos sessenta, Leary foi um dos heróis da contracultura ao questionar a caretice da sociedade contra as drogas alucinógenas. Nos últimos anos de sua vida, se tornou um viciado em Internet.


O Dia é: 31
O Mês: Maio
O Ano é: 2006 para os cristãos; 5766 para os Judeus e 1427 para os muçulmanos
Outono Brasileiro
A Lua é Nova e o Sol está no signo de Gêmeos, (pensamento, signo de ar)
Faltam 214 dias para acabar o ano.


Hoje é o Dia da Nossa Senhora da Visitação; Dia Internacional da Aeromoça; Dia do Comissário de Vôo; Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social; Dia do Enxadrista e Dia Mundial de Combate ao Fumo (Dia Mundial sem Tabaco).


O Dia Mundial Sem Tabaco foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde – OMS - com o objetivo de avançar na campanha de controle do tabagismo, divulgar os males que o fumo causa à saúde e reduzir cada vez mais o consumo de cigarros no mundo. No Brasil, esta data é comemorada pelo Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Câncer que, a partir de 1996, tornou-se Centro Colaborador da OMS para o Programa Tabaco ou Saúde, na América Latina.
A OMS pede a cooperação de governos, comunidades, organizações e escolas, famílias e indivíduos para que tomem medidas vigorosas para prevenir a dependência da nicotina principalmente entre os jovens, protegendo-os dos perigos da poluição tabagística, mal responsável hoje pela morte de 4 milhões de pessoas a cada ano.

abraços

xeee

Tuesday, May 23, 2006

JUNHO

Chegamos em junho. Meio do ano. Você parou pra dar uma olhada no que já aconteceu? Greve de fome do Garotinho. Ressurge o Itamar. Alckmin pré candidato. Auto suficiência do petróleo. A Bolívia nacionaliza a Petrobras. Gripe aviária rondando. Ministério Público e os 40 bandidos. Uma mulher presidenta do STF. A dança da pizza. Serra abandona a prefeitura. CPI. Pizza do mensalão. Caiu o Zé Dirceu. As contas do Duda. Caiu o Palocci. E o Lula continua sem saber de nada... Pois para escapar dessa loucura, optei pela leitura. Escolhi Maquiavel. E fiquei pior...

Nicolau Maquiavel foi um filósofo florentino que morreu em 1527. Escreveu um livro chamado “O Príncipe”. Sua obra é resumida na frase que ele não escreveu: "Os fins justificam os meios”.

Pois ouça um pouco do que Maquiavel escreveu:

“Deve ter-se presente que um príncipe, e, sobretudo um príncipe novo, não pode observar todas aquelas coisas pelas quais os homens têm fama de bons, tendo mesmo necessidade, para manter o Estado, de proceder contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião. É preciso mesmo que tenha o ânimo disposto a mudar segundo o que lhe mandem os ventos e as variações da fortuna e, como acima disse, não se separar do bem podendo fazê-lo, mas saber entrar no mal se for necessário”.
“Deve ainda um príncipe ter grande cuidado para que ao verem-no e ao ouvirem-no pareça todo piedade, todo fé, todo integridade, todo religião. (...) Todos vêem aquilo que tu pareces, poucos sentem o que és, e estes poucos não se atrevem a opor-se à opinião dos muitos que têm a majestade do Estado que os defenda (...) Faça, pois um príncipe por vencer e por manter o seu Estado; os meios serão sempre julgados honrosos e de todos louvados. Porque o vulgo deixa-se sempre levar pela aparência e o sucesso das coisas; e no mundo não há senão vulgo e os poucos só têm lugar quando os muitos não têm em que apoiar-se“.

O Príncipe a que Maquiavel se referia era Fernando, o católico, rei de Aragão.

Inacreditável. Isso foi escrito quase 500 anos atrás...



Abraços

xee

Monday, May 15, 2006

MIPOPIA

Miopia de RH - Moisés não arranjaria emprego numa empresa de hoje


Faça de conta que você é o gerente de RH de uma grande empresa. Um de seus recrutadores acaba de deixar a seguinte ficha de avaliação de um candidato sobre a sua mesa.

Nome: Moisés
Filiação: órfão (Não conheceu os pais, que o abandonaram junto a um rio. Foi criado por uma família rica. Acabou abandonando de forma abrupta a casa dos pais adotivos.)
Escolaridade: parece ter tido algum tipo de educação formal, porque é bastante articulado
MBA: nenhum
Cursos de negociação: nenhum
Experiência profissional: tem girado pelo mercado, o que indica dificuldade de ficar muito tempo no mesmo lugar
E-mail: não usa computador; afirma que seu forte é a palavra falada no contato direto com o interlocutor
Aparência: pouco asseada; usa uma barba longa e desgrenhada

Se você fosse um profissional de RH padrão, o máximo que o Moisés acima arranjaria na sua corporação seria uma posição de ascensorista ou porteiro - e, ainda assim, desde que raspasse a barba e prometesse tomar banho todo dia. E, no entanto, veja só o que a ficha de avaliação do seu recrutador não apontou e, portanto, você desconsiderou:

Moisés negociou com o faraó a libertação dos israelitas - 600 000 homens, mais mulheres e crianças - da escravidão no Egito;
Conduziu e alimentou essas pessoas no deserto por 40 anos, treinando-as para vencer batalhas;
Delegou autoridade e poder para os chefes das tribos;
Contribuiu enormemente para a divulgação do nome e das doutrinas de um deus que, com o passar dos anos, veio a se tornar líder no mercado de fiéis;
Preparou o seu sucessor, Josué, para continuar seu trabalho de construção da nação de Israel.

Sabendo disso - e não sendo um gerente de RH padrão -, você dificilmente teria dúvidas quanto ao fato de estar diante de um profissional apto para ser o principal executivo da sua companhia.

A alegoria que criei tenta mostrar o quanto o radar das empresas pode ser falho na hora de rastrear talentos no mercado. Você dirá: “Moisés não vale. Ele teve o apoio e o patrocínio do Homem”. Bem, se você, como Moisés, acredita em Deus, tem direito a ter o mesmo apoio concedido a ele. Deus, como é bom e justo, não negaria a um filho o que dá a outro. Agora, se você não acredita em Deus, tem de admitir que Moisés fez tudo aquilo com o suor do próprio rosto, sem qualquer apoio divino. Em suma: dezenas de séculos antes do advento de Peter Drucker ou David Ogilvy, Moisés conseguiu ser o maior administrador e o maior publicitário da História.

Claro que Moisés não saberia navegar na Web. E muito menos falar inglês fluentemente. Mas que executivo digital ou guru de gestão saberia negociar com o faraó a libertação da força de trabalho escrava que era a base da economia egípcia? Ou conduzir a pé, sem jatinhos nem coffee breaks, um povo faminto pelo deserto?

Eis o ponto: Moisés tinha o essencial, tinha a substância. Coisa que a maioria das empresas não enxerga porque foca sua busca no domínio das ferramentas, em alguém que reproduza a imagem que a empresa vê ao se olhar no espelho.
Um novo cenário corporativo no novo milênio só se consolidará se as organizações - e as pessoas que as compõem - mudarem seu procedimento e seu ângulo de visão. E essa mudança começa pelos recursos humanos.

Na prática, a maioria dos departamentos de RH opera assim: há uma moldura rígida, chamada de “perfil desejado”, e só entra na empresa quem passar por ela. Só que, com a mundialização e a digitalização da economia, as relações serão cada vez mais um a um, ou seja, cada indivíduo terá de ser tomado, analisado e incentivado como um ser único. Um batalhão de clones de gel e gravata pensando da mesma forma, portanto, não é mais garantia de lucro. Especialmente quando essa política afasta um Moisés.

É preciso rever as políticas de RH. E preparar melhor os recrutadores para procurar - e achar - a essência de um profissional, o talento e a base instalada que ele poderá aplicar com qualquer ferramenta que a empresa lhe fornecer.

(Artigo publicado na Revista Exame – Edição 714 - Maio/2006)

abraços

xeee