Thursday, June 29, 2006

The Pop Star News

E se a moda criada pelo Bono Vox vinga?
O jornal inglês “The Independent” fez uma edição inteira sob o comando do Bono Vox, aquele cara que gosta de baleia, fome e floresta. Como tudo o que não presta chega rapidinho ao Brasil, é provável que os diários nativos estejam imaginando algo parecido neste exato momento.
Bem, vou logo avisando: não convém entregar jornal inteiro na mão de popstar brasileiro. É mais sábio dividir as editorias entre os vários manés. Vai ficar mais ou menos assim.

• Cidades (por Arnaldo Antunes)
Caos na cidade escalda calosidade

• Política (Por Chico Buarque)
Lula: olha o malandro na praça outra vez

• Internacional (por Djavan)
Jihad Teerã rico urânio xiita do Irã

• Ciência (por Tati Quebra Barraco)
Cometa atoladinho no buraco negro da anã branca

• Cultura (por Caetano Veloso)
A genial caetanidade de Caetano Veloso segundo Caetano Veloso

• Agricultura (por Seu Jorge)
Salve soja genial, cereal sensacional, que legal

• Gastronomia (por Ivele Sangalo)
Ileaiá, o foie gras é pra você me amar, amor

• Classificados (por Ana Carolina)
Eu não sei parar de comprar

Monday, June 19, 2006

O COELHO E O CACHORRO

Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O homem comprou um pastor alemão. Papo de vizinho:
a.. Mas ele vai comer o meu coelho. b.. De jeito nenhum. Imagina ! O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum. E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.
As crianças, felizes. Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.

Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha.
Pasmo, trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de terra e, é claro, morto. Quase mataram o cachorro.

- O vizinho estava certo. E agora !
- E agora eu é que quero ver !
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso.

Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora ? Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as pancadas.

- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- Cala a boca! Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível.
- Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e o colocamos na casinha dele no quintal. Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.

E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho cardíaco. Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças. Descobriram !
Não deram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta.
Branco, lívido, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi ? Que cara é essa ?
- O coelho... O coelho...
- O que tem o coelho ?
- Morreu !
- Morreu – indagam todos. Ainda hoje à tarde parecia tão bem...
- Não... morreu na Sexta-feira!
- Na Sexta?
- Foi. Antes de a gente viajar as crianças enterraram-no no fundo do quintal.

Bem... a história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Mas o personagem que mais cativa nesta história toda, o protagonista da história, é o cachorro.
Imagine o pobre do cachorro que, desde sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho.

Depois de muito farejar descobre o corpo, morto, enterrado. O que faz ele?
Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos. Provavelmente estivesse até chorando, quando começou a levar pancada de tudo quanto é lado.

O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmos, que não pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso.
E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfume disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que tem dentro de nós.

Julgamos os outros pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar esta aparência como melhor nos convier. Maquiada.
Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitado de nós, animais racionais.

ABRAÇOS

XEEE

Saturday, June 10, 2006

como antigamente

Realmente, eu não sou como antigamente. Que bom!
TB to ficando mais velho...beijos a todos os amigos que lembraram..principalmente para vc Diana..

bjs

Quando alguém inicia um processo de mudança, começa também a transformar o tipo de carícia que dá e recebe. Muitas vezes, esse processo significa mudar as pessoas do seu círculo social, ou modificar a maneira de relacionar-se com elas. Afinal de contas, não se deve esperar laranja de um pessegueiro – a menos que queira sofrer...
Nesse processo é importante saber que existem outras pessoas para nos dar os estímulos de que estamos precisando. Ou mesmo, que podemos pedir um outro tipo de carícia para as pessoas que estão ao nosso redor, de uma nova maneira.
Por outro lado, decepcionar-se é opção de cada um... Como dizem os orientais, você nunca se decepciona com o outro. Quando se decepciona, o faz consigo mesmo, por não saber respeitar as possibilidades do outro. Você sempre sabe o que esperar do outro; é uma decisão sua esperar algo que ele não tem para lhe dar.
Portanto, esteja consciente de que sua mudança vai afetar os outros, mas não deixe que as reações dos outros sejam desculpas para você retroceder no seu crescimento.

abraços

xeee