cony
Texto de Cony
Reproduzo parte de um texto do escritor Carlos Heitor Cony (espero que seja mesmo dele, porque descobri na internet!): “Volta e meia estranham que, declarando-me agnóstico, não aceitando a idéia de um Deus filosófico, moral ou religioso, seja devoto de alguns santos do nosso calendário tradicional. Deus é um conceito ou uma entidade distante demais para os meus recursos e até mesmo para minhas necessidades. Já os santos, porque foram terrenos, com os mesmos alicerces de barro de que fui feito, merecem mais do que a minha admiração. Merecem mesmo a minha devoção. São José é um deles. Os Evangelhos não registram uma única palavra sua, somente gestos e uma referência explícita: vir justus . Um homem justo. Como se tratava de um carpinteiro, e não de um juiz, deduz-se que José era acima de tudo um bom. Bom como carpinteiro, bom como esposo, bom como pai de um garoto que dividiria a História do mundo.”
Belas as palavras de Cony. E eu, muitas vezes, leio aberrações do tipo: “Jesus foi para a Índia aprender com os mestres do Himalaia”. Para mim, todo homem pode transformar em sagrada a tarefa que lhe é dada pela vida, e Jesus aprendeu enquanto José, o homem justo, ensinava-o a fazer mesas, cadeiras, camas. No meu imaginário, gosto de pensar que a mesa onde o Cristo consagrou o pão e o vinho teria sido feita por José — porque ali estava a mão de um carpinteiro anônimo, que ganhava a vida com o suor do seu rosto e, justamente por causa disso, permitia que os milagres se manifestassem.
abraços
xee
Reproduzo parte de um texto do escritor Carlos Heitor Cony (espero que seja mesmo dele, porque descobri na internet!): “Volta e meia estranham que, declarando-me agnóstico, não aceitando a idéia de um Deus filosófico, moral ou religioso, seja devoto de alguns santos do nosso calendário tradicional. Deus é um conceito ou uma entidade distante demais para os meus recursos e até mesmo para minhas necessidades. Já os santos, porque foram terrenos, com os mesmos alicerces de barro de que fui feito, merecem mais do que a minha admiração. Merecem mesmo a minha devoção. São José é um deles. Os Evangelhos não registram uma única palavra sua, somente gestos e uma referência explícita: vir justus . Um homem justo. Como se tratava de um carpinteiro, e não de um juiz, deduz-se que José era acima de tudo um bom. Bom como carpinteiro, bom como esposo, bom como pai de um garoto que dividiria a História do mundo.”
Belas as palavras de Cony. E eu, muitas vezes, leio aberrações do tipo: “Jesus foi para a Índia aprender com os mestres do Himalaia”. Para mim, todo homem pode transformar em sagrada a tarefa que lhe é dada pela vida, e Jesus aprendeu enquanto José, o homem justo, ensinava-o a fazer mesas, cadeiras, camas. No meu imaginário, gosto de pensar que a mesa onde o Cristo consagrou o pão e o vinho teria sido feita por José — porque ali estava a mão de um carpinteiro anônimo, que ganhava a vida com o suor do seu rosto e, justamente por causa disso, permitia que os milagres se manifestassem.
abraços
xee
1 Comments:
muito bom...agora coloque um haloscan pra todo mundo poder comentar...sem haloscan, só comenta quem tem blog aqui...beijos...demora um pouco pra ajeitar...demoramos uns 2 meses acho...beijo na bunda, ops!!!
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